segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Poema



Pela hora santa, me espia a cambona
Autor: Ginetinho

Espera retinta na cambona
que prosea comigo.
Ainda pouco um bagual me baixou o toso
que levei o talher direito as paletas

pra me firmar.
Agora limpo a idéia com um mate bueno
mirando o entardecer serenatiando no mais.
Sorvo a palavra guardada
entre a lida e hora.

Ainda pouco era guri de campo
varendo o galpão de tamanca.
Agora ginete bueno, copliador de alma e rincão.

Que pela bomba do mate
sorvo o tempo enquanto a cambona enegrecida
vai chiando suas saudades
que se fazem minhas.

O galpão se para queito por hora grande
que um cusco se enrodilha sob um laço
e se para a mirar o fogo como eu.

Parece que sente também a minha ausência
ou talvez tenhas as suas.
Que de cantar a hora da noite
e espera chiando a cambona

Que me espia e mostra estampado
em meus olhos um par de olhos
que num corpo, morena.

saudoso e ausente fica a reza
a hora santa pela plenitude de um galpão
que agora nem o bagual mais maula faz
escorre a ausência de ti.


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