sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Campo e Luz...♫

Marcelo Oliveira



Mergulha hóstia de luz
No sangue do campo santo,
Estende lua teu manto
No orvalho da plenitude,
Onde a reza nasce rude
Ajoelhada em campo e luz,
E eu benzo o sinal da cruz
Com água benta de açude

Não há templo igual a este
Pro batismo dos pampeanos,
Prece oculta dos minuanos
Convergência dos ateus,
Simplicidade dos meus,
Na procissão das estâncias
Terrunha alma em constância
Aqui mais perto de Deus...

Tenho o terço das estrelas
E a matriz do galpão grande,
Deixo que o destino mande
Nos sonhos que campereio,
Em cada campo que leio
Encontro a bíblia da calma
E ascendo a vela da alma
No castiçal dos arreios

Um dia hei de saber
O motivo da saudade,
De um tempo em que a liberdade
Na catedral das manhãs
Tinha um sino de um tajã
Acordando a tolderia,
E um rosário de poesia
Sob os olhos de tupã

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor....

O Sul é o meu país



Hino do Paraná

Estribilho

Entre os astros do Cruzeiro,
És o mais belo a fulgir
Paraná! Serás luzeiro!
Avante! Para o porvir!
I

O teu fulgor de mocidade,
Terra! Tem brilhos de alvorada
Rumores de felicidade!
Canções e flores pela estrada.

II

Outrora apenas panorama
De campos ermos e florestas
Vibra agora a tua fama
Pelos clarins das grandes festas!
III

A glória... A glória... Santuário!
Que o povo aspire e que idolatre-a
E brilharás com brilho vário,
Estrela rútila da Pátria!

IV

Pela vitória do mais forte,
Lutar! Lutar! Chegada é a hora.
Para o Zenith! Eis o teu norte!
Terra! Já vem rompendo a aurora!


Hino de Santa Catarina

Sagremos num hino de estrelas e flores
Num canto sublime de glórias e luz,
As festas que os livres frementes de ardores,
Celebram nas terras gigantes da cruz

Quebram-se férreas cadeias,
Rojam algemas no chão;
Do povo nas epopéias
Fulge a luz da redençao

No céu peregrino da Pátria gigante
Que é berço de glórias e berço de heróis
Levanta-se em ondas de luz deslumbrante,
O sol, Liberdade cercada de sóis

Pela força do Direito
Pela força da Razão
Cai por terra o preconceito
Levanta-se uma Nação

Não mais diferenças de sangues e raças
Não mais regalias sem termos fatais,
A força está toda do povo nas massas,
Irmãos somos todos e todos iguais

Da liberdade adorada
No deslumbrante clarão
Banha o povo a fronte ousada
E avigora o coração

O povo que é grande mas não vingativo
Que nunca a justiça e o Direito calcou
Com flores e festas deu vida ao cativo
Com festas e flores o trono esmagou

Quebrou-se a algema do escravo
E nesta grande Nação
É cada homem um bravo
E cada bravo um cidadão.


Hino do Rio Grande do Sul

Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Dor da tapera...♫

Eliezer Tadeu Dias de Souza



Sagrado Rancho Crioulo
Perdido na soledade
Aromas pelo interior
Fragrancias de liberdade
E transformando em tapera
Para rimar com a saudade.

Ao decrismar de silencio
Na estampa mais primitiva
As almas que te habitaram
Estão decerto ainda vivas
Em charlas de ronco de mate
As percepções sensitivas

Em charlas de ronco de mate
As percepções sensitivas

[Tapera tua dor é minha, temos o mesmo sistema
viver de sonhos perdidos, na busca do mesmo tema
ao garimpar teus escombros pra transformar-te em poema]

A indecifrável magia
Onde a alma busca alento
O meu ser liberta o eco
Convergindo pra o teu cerco
Ao apequenar-te a matéria
Para agrandar-te por dentro

E ao emigrar nossa gente
Vejo rurruir teus esteios
E o sonho dos insensatos
A se apossar do alheio
Tentando botar no campo
Alienígenas ao vento

Tenho energia pagã
Que só oração eternece
Não profanai e a memória
Que o próprio tempo agradece
Por isso que te ofereço
Meu verso em forma de prece

Por isso que te ofereço
Meu verso em forma de prece.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Roda da Canção Gaúcha

A 6ª Ronda da Canção Gaúcha, que acontece nos dias 19 e 20 de Outubro no Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages-sc, tem como músicas classificadas:

1-Alma mansa de querência (Letra: Francisco Brasil / Musica: Ricardo Bergha)

2-A Pele (Letra e musica: Kiko Goulart)

3-Assim é a vida (Letra: Mauro Dias e Rogério Moraes / Musica: Lucas Mendes )

4-Blanquita (Letra: Evair Suarez Gomez / Musica: Kiko Goulart)

5-Das baldas dum baio ruano (Letra: Francisco Brasil e Guto Gonzales / Musica: Guto Gonzales)

6-Entre Um bordoneio e outro ( Letra e Musica: Alexandre Ramos)

7-Estância Rancho Florido (Letra: Gujo Teixeira / Musica: Marcelo Oliveira)

8-Fim de noite (Letra: Marquito Ferreira da Costa / Cristiano Medeiros / Musica: Flávio Campos Sartori)

9-Infância (Letra e Musica: Leonardo Quadros)

10-Na vertente do meu ser (Letra: Adriano Silva Alves / Musica: Maicon Oliveira)

11-Menina da varanda (Letra e Musica: Indio Ribeiro)

12-O quadro do campo aberto (Letra: Gujo Teixeira / Musica: Vitor Amorim

13-O romance do brasino (Letra: Armando Vasques dos Santos / Musica: Renato Fagundes Oliveira)

14-Quando pra ti eu cantar (Letra: Ramiro Amorim / Musica: Marcelo Oliveira e Cristian Camargo)

15-Vida de campo (Letra e Musica: Fabio Soares)

16-Vivências de vaqueano (Letra: Cassiano Eduardo Pinto e Paulo Osorio da Silveira / Musica: Paulo Osorio da Silveira e Marcelo Donato)


SUPLENTES:

1ª-Pai de fogo (Letra: Mauro Dias / Musica: Matheus Alves)
2ª-Velhas Estrelas (Letra: Ramiro Amorim / Musica: Alexandre Ramos)
3ª-Ventenas de 23 (Letra: Armando Vasques dos Santos / Musica: Renato Fagundes Oliveira)
4ª-O vento espanta égua (Letra: Marcelo Paz Carvalho/Zé Renato Daut / Musica: Marcelo Paz carvalho)


Jurados:
Rafael Ferreira
Fabiano Bacchieri
Zulmar Benitez

sábado, 1 de setembro de 2012

Vai coração...♫

Jairo Lambari Fernandes


A noite cai...
E eu busco no silêncio do galpão
Perdido num olhar, além de nós
Num mate que jujei de solidão...

Vivendo assim...
Na ausência dos teus braços, coração
Lembrando o doce que teus lábios têm
Pedindo pra compor essa canção...

Vai coração...
E leva o meu silêncio aonde ela está
E diga a dor que trago no olhar
Das noites que mateei com a solidão...

Diz coração...
Que eu já limpei o rancho e o jardim
E as flores anunciam o teu sim...
Pra um mate que sevei de... coração...

Diz ainda, coração...
Que apesar da solidão
Meus silêncios são de espera
Que o florir da primavera
Traga a flor do meu rincão...

E se acaso, coração...
A resposta for um não...
Vou ser mais que o corredor...
Vou morrer por ser amor...
Por ser alma e solidão...