domingo, 29 de julho de 2012

O pouco que sei sobre a história da "Heroína de dois mundos"

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, nasceu no dia 30 de agosto de 1821, o local de seu nascimento ainda é uma dúvida para muitos historiadores, mas a conclusão mais coerente é que Ana nasceu em uma fazenda em que na época pertencia a Lages(sc) e foi registrada na cidade de Laguna(sc). 
Ana Maria se casou aos 14 anos, com o sapateiro Manuel Duarte de Águiar, quando sua mãe a prometeu pelo qual o motivo até hoje não foi descoberto. Ana não teve nem um filho com o sapateiro pois foi infeliz em seu casamento.
Em 1839 durante a Revolução Farroupilha se apaixonou pelo italiano e revolucionário Giuseppe Garibaldi que estava de passagem pela cidade de Laguna. Ana fugiu com Giuseppe, deixando seu marido e passando a ser conhecida como Anita Garibaldi.
Anita lutou bravamente ao lado de Garibaldi na "Guerra dos Farrapos"(1835-1845) e mesmo durante a guerra anita teve o seu primeiro filho com Garibaldi, Menotti, que nasceu no dia 16 de setembro de 1840. Um ano após o nascimento de Mettoni, Garibaldi resolve partir para Montevidéu no Uruguai, levando consigo 900 cabeças de gado que teria ganhado de Bento Gonçalves.
Em 26 de março de 1842, Anita oficializou seu casamento com Giuseppe e tiveram mais três filhos: Rosita, Teresita e Ricciotti. Mas a vida no Uruguai não era como esperava Garibaldi, sua família passava fome e por conta disso sua filha Rosita morreu aos dois anos de idade.
Após seis anos morando no Uruguai, Anita e seus três filhos partem para a Itália, onde foram recebidos por cerca de 3.000 pessoas que gritavam "Viva Garibaldi, Viva a família de Garibaldi".
Anita Garibaldi novamente lutou ao lado de Garibaldi na tentativa de unificar a Itália e entre suas lutas e fugas ganhou o título de "Heroína de dois mundos".
Alguns anos depois Anita adoece gravemente e no dia 4 de agosto de 1849, segurando a mão de seu grande amor Giuseppe Garibaldi, Anita vem a falecer, com apenas 28 anos de idade.

(Ana Oliveira, 29 de Julho de 2012)

Algumas fotos que tirei no Museu Anita Garibaldi, em minha visita a Laguna:


museu


quadro de Garibaldi
cama em que se dormia naquela época 

               Utensílios usados por Anita e quadro que foi pintado no Uruguai



penteadeira

Quadro da morte de Anita Garibaldi

Neta de Anita e Giuseppe


Retrato de Garibaldi







sexta-feira, 27 de julho de 2012

Réstia de Vida♫


(Carlos Omar Vilella Gomes, Jari Terres) 




Talvez as palavras não bastem e os olhos não vejam o que existe além 
Quando os versos florescem discretos as paixões do poeta florescem também 
Talvez seja um cheiro de mato essa réstia de vida que me leva a lutar 
Nesta terra onde encontro a pureza vou largando as tristezas que somei neste andar 
Nesta terra onde encontro a pureza vou largando as tristezas que somei neste andar 


O que seria do poeta se não existisse a beleza de cada lugar 
Se a lua sumisse da noite e o vento em açoite gemesse ao soprar 


Mas enquanto existir um a estrela algum rio que vagueia uma garça no céu 
Sempre verde será a esperança e por estas distâncias o poeta terá seu papel 
Pois o verso é um pequeno resumo a essência do sumo do que há em cada ser 
E o poeta é quem busca esses rumos nesta parte do mundo que insiste em viver 
E o poeta é quem busca esses rumos nesta parte do mundo que insiste em viver 


O que seria da vida se um dia o poeta sem luz resolvesse calar 
Sem a sanga pra matar a sede sem a flor sem o verde sem razões pra cantar 
O que seria da vida, o que seria da vida, o que seria da vida sem razões pra cantar.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Milongueando Versos para Alguém Ausente...♫


Jairo Lambari Fernandes



Das tantas saudades que entreveram o peito
Teu sorriso claro é o que mais eu clamo
Pois quando a solidão me atropela não tem jeito
O pensamento voa longe pra buscar quem amo

Por que será que a saudade quando chega
Destrama seus longos braços silentes
Talvez porque seja mãe dessas tristezas
Que a solidão apresilha, na alma da gente

Por que será que tua ausência ainda me desalenta
E faz sangrar de meus olhos , teu nome
Bem certo é que o tempo não cura certas feridas
Riscadas num coração, que aos poucos se consome

O peito entende bem o que a alma quer e precisa
E mesmo estando turva, jamais perderá teus rastros
Embora existam brumas que inebria em minhas retinas
Basta apenas sonhar pra me reencontrar em teus braços

Há tantas saudades que entrevero ao peito
Mas perder o teu abraço, é bem mais que um castigo
Pois quando o inverno chegar repontando as geadas
Somente em teu colo é que encontrarei abrigo

É triste sentir saudades com gosto de magoa
Com o coração povoado, pelo vazio de uma ausência
A solidão é um rio sem remansos no coração
Que quando se perde no peito, ganha forma de uma lágrima

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ritual das Garças...♫


Rodrigo Cavalheiro



O sol potro colorado se emborca atrás
das coxilhas
E a tarde exausta repousa na cama das
Maçanilhas

Silhuetas singram serenas povoando os
olhos de graça
Aos poucos veste horizonte com o pala
branco das garças

Ruflando as plumagens densas do céu
derrama o efeito
De alvas pérolas vivas e as nuvens
trazem no peito
Em revoada elas chegam adornando as
Amplitudes
E aportam nas copas altas da ilhazinha
do açude

(As garças são peregrinas pois são
livres pra voar
Levam as gotas do orvalho trazem o sol
pra se deitar
Nasceram pra ser teatinas com a sina de desbravar
Tem açudes como albergues e o mundo
para morar, para morar)

Lambaris vem pra flor d'água os tahãs dão "buenas tardes!"
Saudando as viageiras que chegam fazendo alarde
E o orquestral afinado num babarél se prolonga
Ouvindo ao longe parece um talarear de milongas

O ermo dos amarillos é povoado de alegria
e o arrebol dos aguapés vem dormir com a sinfonia
Pra quem olha a natureza com a alma sobre a retina
Estes rituais são poemas escritos por mão divina